segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Semiótica

Link abaixo



link para os arquivos de semiótica - http://groups.google.com/group/semiotica2010_ielusc





.

sábado, 19 de junho de 2010

Blog de Fátima Bernardes na Copa

"Onde está você, Fátima Bernardes?". Está a famosa frase do apresentador do Jornal Nacional, Willian Bonner, e que agora é também um blog. Nele, Fátima Bernardes, conta um pouco sobre a cultura africana, as dificuldades da profissão, os bastidores da TV etc. Vale apena acessar e descobrir onde está Fátima Bernardes. O endereço é: http://especiais.jornalnacional.globo.com/jnnacopa/

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Polícia Militar invade a Udesc


Na segunda-feira, 31 de maio, o campus da UDESC de Florianópolis foi invadida pela polícia militar. Karem Kilim, com uma câmera fotográfica, gravou a invasão da polícia e as prisões dos estudantes. Hans Denis, fez as fotos. Ele recebeu um choque no estômago, mas continuou o seu trabalho. Juliana Kroeger editou o vídeo.


Em agosto, será lançado o documentário Impasse, com a cobertura completa de todas as semanas do protesto.


Nota do Cacau Menezes, jornalista do Diário Catarinense,
sobre a invasão da UDESC:
É democratura?
A invasão da Udesc pela Polícia Militar (estudantes foram presos em pleno pátio da universidade) é algo que não aconteceu nem na ditadura, o que permite perguntar se estamos, de fato, vivendo num Estado Democrático de Direito. Uma universidade pública é inviolável, e a polícia só pode ter acesso com permissão do reitor.

Estudantes e outros manifestantes foram reprimidos com o uso de cassetetes, gás pimenta e farta distribuição de choque elétrico. O fotógrafo Hans Denis, que cobria o confronto, levou choques na barriga. Aliás, esta nova arma vem sendo usada indiscriminadamente nos confrontos de rua e se traduz, na definição do jornalista Celso Martins, do blog Sambaqui na Rede, num “pau-de-arara portátil”. Qual o crime dos estudantes? Eles protestam, há 24 dias, contra o aumento da passagem de ônibus em Florianópolius, que passou de R$ 2,80 para R$ 2,95.

Bom Jesus/Ielusc participa do Jucs 2010


A delegação é pequena, apenas 24 atletas, mas a vontade é grande. Pela primeira vez, o Bom Jesus/Ielusc participará dos Jogos Universitários de Comunicação Social. O JUCS 2010 será realizado na cidade de Porto União - SC e contará com 10 modalidades esportivas. Os acadêmicos do Ielusc partem de Joinville na quinta-feira de madrugada.

Os alunos do Bom Jesus/Ielusc ainda não receberam nenhum incentivo financeiro para o evento, porém produziram uma rifa que será sorteada no dia 11 de junho para arrecadar o dinheiro. A viagem custa em média 160 reais por atleta, fora alimentação. A atividade está sendo viabilizada graças aos estudantes que estão contribuindo com a organização. O GT de Cultura, Esporte e Eventos tentará durante a semana buscar algum apoio financeiro, inclusive da entidade que representa, para ajudar nas despesas.

Mais informações
GT de Cultura, Esporte e Eventos - 88368736


A tabela de jogos e outras informações no blog: http://blogdodacs.blogspot.com/

terça-feira, 1 de junho de 2010

É hoje! O dia da Imprensa!

Até o ano de 1999, o dia da imprensa era comemorado era o dia 10 de setembro. Mas você sabe por que a data mudou?

Foi em 10 de setembro de 1808 que circulou pela primeira vez a Gazeta do Rio de Janeiro, um periódico oficial que servia à Corte. Até esse ano, eram proibidas a circulação e a impressão de qualquer tipo de jornal ou livro. Porém, havia um jornal que, antes da criação da Gazeta do Rio de Janeiro, já circulava clandestinamente: era o Correio Braziliense, produzido pelo jornalista gaúcho Hipólito José da Costa Pereira Furtado de Mendonça.

Se na época as publicações brasileiras eram proibidas porque a Corte Portuguesa temia que os brasileiros fossem influenciados pelas idéias de liberdade, igualdade e fraternidade que circulavam pela Europa, o Correio Braziliense tinha que permanecer clandestino porque simpatizava com tais pensamentos.

O Correio Braziliense foi lançado em junho de 1808, ou seja, três meses antes da Gazeta. Somente em 1999 foi reconhecido oficialmente como pioneiro na história da imprensa brasileira e então, foi criada uma lei que  determinava a mudança do dia da imprensa para 1o de junho.
Fonte: www.ibge.gov.br 

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Manda Chuva [Download]



Versão em pdf para download do Jornal Manda Chuva.

Clique aqui para baixar

domingo, 23 de maio de 2010

Jornal Manda Chuva é lançado

O jornal Manda Chuva é uma proposta da disciplina de Meios Impressos do Curso de Jornalismo, com coordenação do professor Lucio Baggio. O objetivo da atividade, além de proporcionar ao aluno a experiência de como funciona uma publicação diária e todo o trabalho de apuração, é levar informação factual para os universitários da instituição, não destacando apenas assuntos de dentro da faculdade, mas de toda Joinville. A publicação conta com oito páginas e a confecção ocorreu no dia 19 de maio e a distribuição no dia seguinte (quinta-feira). A tiragem foi de 50 exemplares. O jornal conta com matérias de segurança, geral, política, esporte, cultura e uma página dedicada ao Ielusc. Veja algumas manchetes:

PRESÍDIOS
Brasil tem déficit de 180 mil vagas

EDUCAÇÃO
Crise financeira provoca demissões

MORRO DO MEIO
Moradores protestam na Câmara de Vereadores de Joinville

JUCS 2010
Jogos integram alunos de comunicação

PERSONALIDADE
Tio Neri quer se aposentar ano que vem

ARTE
Mostra de dança aquece para o Festival

A equipe do Jornal Manda Chuva:
Diagramadores: Edinei Schimieguel Knop, Eduardo Rogério Schmitz, Emanoele Girardi. Secretário de Redação: Jacson de Almeida. Repórteres: Ana Luiza Abdala José, Ana Paula da Silva, Francine Tainá Ribeiro, Mayara Francine da Silva, Priscilla Pellegrini de Miranda, Vivian Carolini Braz. Editores: Jéssica Michels, Natália Gabriela da Silva, Priscila Farias Carvalho, Sandro Alberto Gomes. Fotógrafos: Michelle Santos Braga, Patrícia Cristiane Schmauch, Paola Soares.

domingo, 16 de maio de 2010

ALUNOS DE JORNALISMO FAZEM JORNAL

Há duas semanas, os alunos de Meios Impressos, orientados pelo professor Lucio Baggio, se preparam para fazer um jornalzinho interno. A ideia é realizar toda a confecção no mesmo dia. As pautas são escolhidas previamente. A diagramação, as matérias, as fotos, a impressão... tudo é feito no mesmo dia, sob a pressão do tit-tac do relógio. No caso da turma B, esse dia foi 11 de maio. Circulou no dia seguinte (quarta-feira) o "Jornal Eco" e o "No Ar". Cada produção contou com uma equipe de 11 acadêmicos.

Nesta semana, na quarta-feira, os alunos da turma A estarão realizando a atividade. Como a turma é menor, com 17 pessoas, será confeccionado apenas uma publicação: o jornal "Manda Chuva". Com oito páginas, a produção deve contar com editorias de segurança, geral, política, cultura, esporte, ielusc e opinião. A distribuição ocorrerá na quinta-feira (20) no horário do intervalo.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

ATENÇÃO BOLSISTAS DO PROUNI

Os bolsistas do Prouni do Bom Jesus/Ielusc devem comparecem no Serviço de Apoio ao Estudante (SAE) - Bloco A, sala 16, centro - para assinar o Termo de Atualização da bolsa do Prouni. O prazo é até o dia 28 de maio. O atendimento é em horário comercial. Todos os alunos bolsistas devem, também, retirar uma ficha sócio econômica no SAE, preenchê-la e devolvê-la posteriormente, comprovando a situação sócio assistencial do grupo familiar. Outras informações no telefone: 3026-8006.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

RELAÇÃO DE FILMES QUE ABORDAM O JORNALISMO

Segue, abaixo, uma relação de filmes, recomendada por Gléber Pieniz, que aborda o Jornalismo. Segundo e-mail do professor, a seleção é de filmes que viu e pode recomendar. "Há uma lista bem maior (e nem tão rigorosa) feita pela professora Christa Berger no seu ivro Jornalismo no cinema (Porto Alegre: UFRGS, 2002) para quem quiser ir ainda mais fundo na ideia". Os filmes marcados com um (*) são aqueles que Gléber tem e se dispõe a emprestar. Outros títulos podem ser encontrados na biblioteca do Ielusc.

Cidadão Kane (Orson Welles)
A montanha dos sete abutres (Billy Wilder)
(*) A doce vida (Federico Fellini)
(*) Blow up - Depois daquele beijo (Michelangelo Antonioni)
Terra em transe (Glauber Rocha)
O bandido da luz vermelha (Rogério Sganzerla)
Primeira página (Billy Wilder)
O passageiro - Profissão repórter (Michelangelo Antonioni)
(*) Todos os homens do presidente (Alan Pakula)
Rede de intrigas (Sidney Lumet)
Reds (Warren Beatty)
Os gritos do silêncio (Roland Joffe)
Os donos do poder (Sidney Lumet)
A era do rádio (Woody Allen)
Nos bastidores da notícia (James Brooks)
Ele disse/Ela disse (Ken Kwapis e Marisa Silver)
O jornal (Ron Howard)
(*) Assassinos por natureza (Oliver Stone)
O quarto poder (Costa Gavras)
Mera coincidência (Barry Levinson)
Bem-vindo a Sarajevo (Michael Winterbotton)
Velvet goldmine (Todd Haynes)
(*) O informante (Michael Mann)
(*) Quase famosos (Cameron Crowe)
(*) Crônica de uma certa Nova York (Stanley Tucci)
(*) Hype! (Doug Pray)
(*) Ao vivo de Bagdá (Mick Jackson)
(*) Borat - O segundo melhor repórter do glorioso país Casaquistão viaja à América (Larry Charles)
Fahrenheit - 11 de setembro (Michael Moore)
Tiros em Columbine (Michael Moore)
(*) Off screen (Pieter Kuijpers)
(*) Boa noite e boa sorte (George Clooney)

Agradecimentos ao professor Gléber Pieniz.

4º Seminário de Gestão Prisional, Segurança Pública e Cidadania de Joinville

De 19 a 21 de maio de 2010, no Hotel Mercure Prinz (Joinville) acontece o Quarto Seminário de Gestão Prisional, Segurança Pública e Cidadania. A realização do evento é do Conselho Carcerário da Comunidade de Joinville, do Centro de Direitos Humanos e da Pastoral Carcerária.

Apresentação
Desde o ano de 1997, com a criação do Conselho Carcerário da Comunidade, um grupo de entidades da sociedade civil, empresas e entidades governamentais compartilha da luta pela transformação do sistema prisional, atuando no Presídio Regional de Joinville e, posteriormente, na Penitenciária Industrial de Joinville.
Nos anos de 2003, 2005 e 2007, realizamos, respectivamente, o I, II e III Seminário “Gestão Prisional, Segurança Pública e Cidadania”, com o objetivo de debater as problemáticas pertinentes ao sistema prisional e suas interfaces com segurança pública e cidadania, visando deflagrar um posicionamento voltado à priorização de políticas públicas de prevenção ao crime, de emancipação do encarcerado e de participação da comunidade.
Em 2010, pretendemos fazer um balanço da execução penal refletindo sobre os 25 anos da Lei de Execução Penal, os desafios no cumprimento dos Direitos Humanos, as relações existentes entre o aumento da vigilância, do encarceramento e dos conflitos sociais e apresentar experiências e ideias inovadoras que se contrapõem a mesmice do sistema prisional.
Existem muitas dificuldades para avançar de forma contínua e efetiva nesse assunto. Embora já seja conhecida a baixa efetividade nos resultados de políticas de repressão e exclusão para a contenção da criminalidade, a sociedade e o governo apresentam resistência em apostar em novas propostas, seja pela escassez de recursos, pela falta de compromisso, pela ideologia de vingança vigente ou pela elevada complexidade do assunto. Precisamos enfrentar a questão carcerária com a seriedade que ela merece, criando soluções que envolvam a comunidade enquanto protagonista dessas ações.
 
Público-alvo 
Autoridades e profissionais da área de segurança pública e do sistema prisional, policiais civis, militares e agentes prisionais, profissionais do Poder Judiciário e do Ministério Público, profissionais de organizações governamentais e não governamentais, Conselhos de Segurança e Conselhos da Comunidade, estudantes universitários das ciências sociais e humanas, empresários e a comunidade em geral. 

Confira a programação completa no site www.centrodireitoshumanos.org.br/. Pelo endereço eletrônico, você também poderá fazer a sua inscrição. As vagas são limitadas. Outras informações poderão ser obtidas pelo telefone (47) 3025-3447 ou pelo e-mail cdh@terra.com.br


domingo, 9 de maio de 2010

Livro Design para quem não é designer


Descrição: O livro introduz ao design e a diagramação, através dos 4 princípios básicos do design: proximidade, alinhamento, repetição e contraste. Usando exemplos de “antes” e “depois”, estimula o leitor a fazer suas próprias experiências. Traz também o básico sobre: tipologia, serifa, estilo, peso, tamanho.
 


Formato: pdf
Autor: Robin Williams
Ano: 2009
Idioma: Português
Tamanho: 57.7 MB 

Para fazer o download, clique no link abaixo:

sábado, 8 de maio de 2010

Inscrições para o FIES 2010

Atenção alunos: as inscrições para o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (FIES) serão abertas nos próximos dias. Os estudantes poderão solicitar o benefício em qualquer período do ano. A inscrição deverá ser efetuada nos sites do Ministério da Educação (MEC) e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Poderá se inscrever o aluno regularmente matriculado em curso de graduação não gratuito e com avaliação positiva no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes).

Vagas de emprego

Está disponível no site do Bom Jesus/Ielusc um espaço para a divulgação de oportunidades de emprego. Não é estágio! A divulgação de estágios se dá por meio de e-mails enviados por Livio Zaro (Assessoria Administrativa). As oportunidades de trabalho serão divulgadas na aba de Serviço de Apoio ao Estudante. A atualização ocorrerá toda semana. Outras informações poderão ser obtidas no e-mail: livio@ielusc.br ou pelo telefone 3026 8006.

Bate o Sino da Igreja da Paz

Blém, blém, blém! É assim que o sino sobrevive nas metrópoles ou nas pequenas cidades de interior: badalando. Faz parte da história e da cultura de um povo. Orienta, proclama, chama, relembra, impõe. Seu toque, marcante e autoritário, representa a presença religiosa no cenário contemporâneo. O soar dos sinos no alto da Igreja da Paz, no centro de Joinville, reproduz a trajetória do povo alemão, a vibrante evolução de um templo e o marco de chegada da Igreja Evangélica de Confissão Luterana, no século 19. Para atingir o alto da torre e apreciar os três sinos da igreja, hoje, é necessário enfrentar vários pavimentos cobertos pelo pó e dez escadas que totalizam 110 degraus. A recompensa é uma visão panorâmica da cidade.

Os primeiros imigrantes alemães de confissão luterana, desembarcados no início de 1851, não imaginavam o valor cultural e religioso que teria o luteranismo em Joinville. No final do mesmo ano, o pastor Jacob Daniel Hoffmann realizou o primeiro casamento e o primeiro culto não-católico. O lançamento da pedra fundamental da Igreja da Paz ocorreu em 1º de junho de 1857. Comandada pelo arquiteto Albert Kröhne, a construção durou mais de sete anos. A inauguração da igreja ocorreu em meados de 1864. É o templo mais antigo de Joinville. Logo depois, outras nove igrejas luteranas foram fundadas. No final de 1892, foi inaugurada a torre de 27 metros e o carrilhão com os três sinos. O relógio foi apresentado ao público 16 anos depois. Somente em 1964 houve a ampliação da torre para 36 metros de altura. Sinos e relógio foram deslocados para o pavimento superior.

O relógio foi produzido pela fábrica J. F. Weule, da cidade alemã Bockenem am Harz, em 1905. O custo, na época, foi de 1.300 marcos. Tem um pêndulo e mais de uma dezena de engrenagens e correntes. Localizado abaixo dos sinos, o artefato supera cem anos de existência. Os quatro mostradores de 1,75 metro de diâmetro e os ponteiros foram feitos em Joinville por Otto Pfützenreuter.

A história da Igreja da Paz já faz parte do dia-a-dia do zelador João Batista de Morais, funcionário da instituição há quase um ano. Além de zelar pelas dependências da igreja, que fica junto à Associação Educacional Luterana Bom Jesus/Ielusc, Morais é responsável pelo bom funcionamento do relógio. Segundo ele, a corda, alimentada manualmente por uma manivela, dura uma semana. “Não costumo deixar todo esse tempo”, afirma, precavido.

É possível ouvir as badaladas em um raio de aproximadamente dois quilômetros, mas isso varia de acordo com as condições climáticas. “O sino orienta e possibilita o controle do horário”, opina Priscila Carvalho, estudante do sétimo semestre de Jornalismo do Bom Jesus/Ielusc. Ressaltando que as badaladas incomodam alguns professores, Priscila julga de extrema importância preservar o sino como patrimônio histórico e cultural. “É uma forma de resgatar valores”.

Se hoje as pessoas têm relógio disponível em todos os lugares, até no celular, em outros tempos dependiam do sino para se orientar. As badaladas marcavam as horas e anunciavam antecipadamente o início de cultos e comemorações festivas. Para a pastora Eli Elisia Deifeld, as badaladas significam a união de um povo. “Marcam o início e o término dos cultos, além de representar o louvor a Deus”, completa. Segundo a diretora paroquial da Igreja da Paz, Cladis Erzinger Steuernagel, o sino é uma referência, faz parte do contexto histórico da igreja. “Chama os fiéis”, reforça. Quem ouve as badaladas pode apreciar três tonalidades diferentes: sol sustenido, si bemol e ré. Os sinos da Igreja da Paz, originários de Bochum, também na Alemanha, são pintados na cor cinza. O espaço em que se encontram é apertado e empoeirado. Um sino badala nas horas cheias; o outro, nos quartos de hora; o terceiro, de acionamento manual, no início e término de cultos, além de ocasiões especiais, como casamentos.

“Nem orienta, nem atrapalha”: essa é a opinião da professora de Teorias da Comunicação do Bom Jesus/Ielusc, Lilian Muneiro. “As badaladas simbolizam a história e a permanência da igreja em nossa época. O sino se tornou parte da aula, além de promover pausas interessantes”. De acordo com ela, o sino já faz parte da história, do lugar e da cultura. “Faz parte das aulas de teoria”, completa. Enquanto lá fora o sino continua a badalar: blém, blém, blém!

Soa o órgão

Seu valor cultural, sentimental, histórico e religioso inspira a apresentação de peças clássicas, entoa cânticos religiosos e embala de maneira especial o cerimonial de louvor a Deus. Além do relógio e do carrilhão de sinos, a Igreja da Paz preserva outro objeto raro e histórico: o órgão de tubos, que completará centenário em 2011. É um valioso patrimônio da igreja e de toda a sociedade joinvilense.

O instrumento foi comprado pela Comunidade Evangélica de Joinville da Oficina de Organaria alemã Friedrich Weigle em junho de 1911. Para cobrir as despesas, o Coral da Paz realizou apresentações, uma campanha especial de coletas e a venda de um terreno da igreja aos bombeiros voluntários da cidade. As dez pesadas caixas foram transportadas da Alemanha gratuitamente. Com o apoio de um empresário de São Francisco do Sul, isentou-se a alfândega, tributo da época. A inauguração se deu em 10 de dezembro de 1911.
 
O instrumento milenar é dividido em três partes: tubos – similares às flautas –, console e foles. É alimentado por um compressor de ar e acionado por um motor. No console, há dois manuais, pedaleira, registros e controles de expressão. O órgão, feito em madeira de lei e metal, apresenta 66 teclas, 579 tubos e uma organola que permite, através de rolos, a execução mecânica de peças musicais. O cunho histórico e cultural do órgão aponta a música como importante ministério de louvor, ação de graças, exaltação e fortalecimento da fé. De acordo com a professora e organista Lucy Mary Leão, o instrumento acompanhou hinos e liturgias da igreja durante décadas. “É de beleza musical inigualável e de sonoridade imponente e penetrante”, completa.

Em 2002, seu estado de conservação estava comprometido. Após cinco anos de total esquecimento, os frequentadores da igreja luterana decidiram reformá-lo. A restauração, feita por uma empresa paulista, custou cerca de R$ 200 mil. A primeira apresentação após a reforma ocorreu em dezembro de 2008. Um público de quase mil fiéis lotou a igreja.

Lucy Mary é professora do instrumento há 12 anos. As aulas fazem parte do projeto de extensão da Casa da Cultura, em parceria com a Igreja da Paz. Mas somente quatro alunos participam das aulas. Segundo a organista, as maiores dificuldades estão no aprendizado da pedaleira e na coordenação dos pés e mãos. Daniele Haak, professora de piano e estudante de Direito, está no segundo ano de aulas. Ela garante que a didática é objetiva e exige coordenação, dedicação e resultados. “No final, a gente opta por dominar o órgão ou deixar que ele nos domine”, afirma. O professor de música Dieter Andreas Pabst faz aulas do instrumento desde março do ano passado. “Tocar um instrumento desses é uma sensação que não dá para explicar com palavras”, exclama. As aulas, semanais, têm duração de uma hora e meia. O único órgão de tubos semelhante, em Joinville, está localizado na Igreja Cristo Bom Pastor, em processo de restauração.

Foto: Eduardo R. Schmitz
Reportagem: Edinei Knop e Patrícia Schmauch 
(alunos do terceiro semestre de Jornalismo). 

Reportagem escrita para a discipla de Redação III
Divulgada também no portal Revista Eletrônica
do curso de Jornalismo do Bom Jesus/Ielusc